quinta-feira, abril 14, 2011

" NA ARGENTINA HÁ OPORTUNIDADES INCONTORNÁVEIS DE INVESTIMENTO"

JORNAL " VIDA ECONOMICA" 24/03/2011 Envío feito pela Gerente Ejecutiva da "CAMARA ARGENTINO PORTUGUESA DE COMERCIO" :Gabriela Branco
42 SEXTA-FEIRA, 28 MARÇO DE 2011 . “Na Argentina há oportunidades incontornáveis de investimento” Acabado de regressar de uma missão de várias semanas de prospecção do mercado da Argentina, o director-geral da Finance XXI não podia estar mais optimista. Num exclusivo à “Vida Económica”, José Mar­ques da Silva revela que “a Argentina é um país rico em recursos naturais e pleno de oportunidades, particularmente para as empresas portuguesas que gozam, em ge­ral, de boa reputação no mercado”. Com uma taxa de crescimento de “cerca de 8% em 2010 e um crescimento médio estimado entre 4,5% e 5% ao ano, “a Ar­gentina estará no núcleo da frente do cres­cimento mundial”. Daí que, “numa perspectiva mais de médio e longo prazo e de maior envol­vimento local, há sectores incontornáveis com oportunidades interessantes para o nosso investimento”, nota José Marques da Silva. Estando a Argentina “entre os maiores exportadores mundiais de produtos agrí­colas”, com destaque para o milho e a soja, ou o petróleo verde como é conhecida lo­calmente esta importante ‘commoditie’, “toda a fileira agrícola e agro-pecuária e, em particular, a mão-de-obra qualificada, como engenheiros agrónomos, tem na Argentina oportunidades muito interes­santes”, acrescentou o director-geral da Finance XXI. A par disso, a aposta estratégica daquele país do Mercosul no desenvolvimento de uma indústria de dimensão internacional de programação informática e tecnologias de comunicação “tem impulsionado um mercado que tem crescido a dois dígitos desde 2005”. E vários são os projectos têm ganho visibilidade internacional, como a empresa de internet OLX ou a maior em­presa de comércio electrónico da América Latina “Mercado Libre”. O Ministério da Educação da Argentina estima, aliás, que “até 2015 o país venha a precisar de cerca de 20 mil engenheiros especialistas em programação informática e que cerca de metade virão do exterior”, razão por que “as oportunidades neste sec­tor são transversais a toda a economia e a presença da portuguesa TIM We é bem o exemplo do sucesso neste mercado”. Não menos importante são áreas da saú­de, biotecnologia, indústrias criativas, os serviços especializados (como engenharia para industria petrolífera), controlo de obra, moda, calçado e têxteis, assim como a indústria automóvel e a dos componen­tes, que “tem crescido a um ritmo muito significativo nos últimos anos”. Conse­quência disso, a Argentina é hoje “líder na montagem automóvel na América do Sul”, havendo já empresas portuguesas, como a Simoldes, “muito bem posiciona­das neste mercado e espaço para que ou­tras lhe sigam o caminho”. Questionado sobre a melhor forma de investir na Argentina, Marques da Silva defende as empresas e os estados se asso­ciem, “cruzando interesses e participações, para reduzirem o risco das operações e va­lorizarem as respectivas ofertas”. Já sobre o financiamento das operações e o sistema bancário argentino, José Mar­ques da Silva é cauteloso. É que, sendo o sistema bancário argentino “bastante complexo” e com “várias especificidades”, o director-geral da Finance XXI alerta para o facto de não haver presença física por parte de bancos portugueses, que ape­nas se fazem representar “através de ban­cos correspondentes”. A excepção, diz Marques da Silva, que é também “uma curiosidade interessante”, é o Banco Piano, uma antiga casa de câm­bios que obteve a licença bancária e que foi fundado e é gerido por um cidadão português – o comendador Alfredo Piano, seu actual presidente. Nota da redacção: A entrevista com o director-geral da Finance XXI, José Mar­ques da Silva, que publicámos na página 47 da edição anterior surgiu com o título errado. O artigo publicado tinha como título “Portugal reforça medida de auste­ridade e espera flexibilização das ajudas”, mas o título correcto é que colocamos desta feita. Com o devido pedido de des­culpas aos leitores e ao entrevistado, repu­blicamos o artigo. “O sistema financeiro português não tem presença física no mercado [argentino], à excepção do Banco Piano, uma antiga casa de câmbios que obteve a licença bancária que foi fundado e é gerido por um cidadão português”, revelou José Marques da Silva à VE.

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